Fui uma adolescente como todas as outras, colecionava figurinhas dos “fofinhos” e afins, ouvia música deitada na cama, usando jeans e camiseta e inaugurava um diário a cada ano – só inaugurava, porque escrever mesmo minhas memórias, isso eu não fazia. Meus “diários”, na verdade, eram agendas (as mais bonitas que eu encontrasse) que eu usava para escrever músicas, poemas, textos de que gostava, pensamentos diversos, minhas reflexões. Nunca consegui me desapegar desse hábito. Escrever, para mim, é quase uma necessidade. É algo que me liberta. Nunca pensei em escrever para outros lerem – escrevia para mim mesma, para organizar meu pensamento, para me fazer voar – era meu ópio. Isso também acontece com a leitura – me possibilita um alheamento de mim, uma conexão com outros pontos de vista, e depois um voltar-se sobre mim mesma – uma re-flexão deliciosa, estruturante. Mas penso que escrever é realizar uma leitura íntima e ainda assim me enredar nas teias do interdiscurso, me fazer plural. Poder compartilhar isso com outras pessoas me fez desejar construir esse blog. Mais que uma espécie de diário eletrônico, gostaria que ele fosse um espaço multifacetado – um espaço onde se pudesse compartilhar ideias, sentimentos, desejos, aspirações, reflexões, e textos os mais diversos possíveis – meus e de pessoas que me fazem amadurecer com sua riqueza de pensamento. Convido vocês a me acompanharem nessa odisseia.
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