quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Bacia de Jaboticabas

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. (...) Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão-somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena." (Rubem Alves)

Queria que esse fosse o primeiro texto a ser publicado. Penso muito no que ele inspira - a necessidade de dar valor ao que de fato importa, de não perder tempo com futilidades, de fazer da vida uma experiência radiosa. É um texto que trata, com simplicidade e delicadeza, do ser humano na sua essência e na manifestação de sua humanidade como forma de legitimar o seu estar no mundo.
Barrinha MaynaBaby

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